
Reposição hormonal na menopausa aumenta o risco de câncer? Descubra os principais mitos e verdades, os riscos reais, benefícios e como decidir com segurança junto ao médico.
A menopausa é uma fase natural da vida da mulher, mas que pode trazer sintomas bastante desconfortáveis, como ondas de calor, insônia, secura vaginal, alterações de humor e perda de massa óssea. Para aliviar esses sintomas, muitas mulheres pensam na terapia de reposição hormonal (TRH). Porém, um dos maiores medos é: a reposição hormonal aumenta o risco de câncer?
O que é a reposição hormonal?
A reposição hormonal consiste no uso de estrogênio, isolado ou em combinação com progesterona, para compensar a queda natural desses hormônios após a menopausa. O objetivo é melhorar a qualidade de vida, aliviar os sintomas e prevenir complicações, como a osteoporose.
O mito: toda reposição causa câncer
Um dos maiores mitos é acreditar que toda mulher que faz reposição hormonal vai desenvolver câncer de mama, útero ou ovário. Isso não é verdade. O que a ciência mostra é que o risco depende do tipo de hormônio utilizado, da dose, da duração do tratamento e do histórico de cada paciente.
O que a ciência já comprovou
Estrogênio isolado: em mulheres que retiraram o útero, o uso de estrogênio puro não aumentou o risco de câncer de mama em alguns estudos.
Estrogênio + progesterona: pode haver aumento discreto do risco de câncer de mama em tratamentos prolongados (mais de 5 anos).
Câncer de endométrio: quando o estrogênio é usado sem progesterona em mulheres com útero, há risco aumentado de câncer de endométrio. Por isso, a combinação com progesterona é essencial nesses casos.
Outros fatores: idade, obesidade, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar também têm grande impacto no risco de câncer.
E para mulheres que já tiveram câncer?
Para pacientes que já enfrentaram câncer de mama, a reposição hormonal geralmente não é recomendada, pois pode estimular células tumorais sensíveis a hormônios. No entanto, existem alternativas seguras para controlar os sintomas da menopausa, como medicamentos não hormonais e terapias complementares.
Benefícios da reposição hormonal
Quando bem indicada e acompanhada por um médico, a reposição hormonal pode:
Reduzir ondas de calor e suores noturnos.
Melhorar a lubrificação vaginal e a saúde sexual.
Proteger contra perda óssea e fraturas.
Melhorar o sono e a qualidade de vida.
Como decidir?
A decisão deve ser individualizada, levando em conta:
Sintomas da paciente.
Histórico pessoal e familiar de câncer.
Tempo desde a menopausa.
Avaliação de riscos e benefícios feita pelo médico.
A reposição hormonal não é vilã, nem solução milagrosa. Quando indicada corretamente, pode transformar a qualidade de vida de muitas mulheres. No entanto, cada caso deve ser avaliado de forma personalizada, principalmente em pacientes oncológicos. A chave está no acompanhamento médico seguro e na escolha do tratamento mais adequado para cada mulher.
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