
Biohacking e imortalidade: moda ou ciência? Descubra o que realmente funciona, os riscos para pacientes com câncer e quais práticas de longevidade já têm comprovação científica.
Nos últimos anos, tem crescido um movimento chamado biohacking — práticas que prometem otimizar o corpo e a mente, retardar o envelhecimento e até aumentar a expectativa de vida. Bilionários, influenciadores e celebridades falam sobre dietas radicais, sensores de glicose, suplementos e até transfusões de sangue jovem como formas de alcançar a tão sonhada imortalidade.
Mas será que tudo isso é ciência de verdade ou apenas moda?
O que é biohacking?
O termo biohacking se refere a qualquer tentativa de “hackear” o próprio corpo para melhorar saúde, desempenho físico ou longevidade. Isso pode variar desde práticas simples, como meditação, jejum intermitente e exercícios físicos, até intervenções mais ousadas, como implantes de chips e terapias experimentais.
O objetivo é um só: viver mais e melhor.
As práticas mais populares26
Entre os exemplos de biohacking que ganharam destaque estão:
Sensores de glicose em não diabéticos: usados para monitorar em tempo real como os alimentos impactam o corpo.
Dieta cetogênica e jejuns prolongados: defendidos como formas de melhorar energia, emagrecer e até reduzir risco de câncer.
Suplementos e nootrópicos: pílulas que prometem aumentar foco, memória e produtividade.
Crioterapia e banhos gelados: exposição ao frio extremo como forma de reduzir inflamação e estimular a longevidade.
Transfusões de plasma de jovens: ainda em caráter experimental, mas bastante comentadas entre milionários do Vale do Silício.
O que a ciência realmente confirma?
Embora alguns aspectos do biohacking tenham base científica, a maioria ainda carece de evidências sólidas:
Há comprovação de que atividade física, sono regular e dieta equilibrada aumentam a longevidade.
O jejum intermitente vem mostrando benefícios em estudos, mas seus efeitos a longo prazo ainda estão sendo investigados.
Já as transfusões de sangue jovem e muitas das pílulas “milagrosas” não têm respaldo científico confiável até o momento.
Ou seja, algumas práticas são promissoras, mas muitas continuam sendo moda ou exagero, especialmente quando apresentadas como soluções rápidas.
Biohacking e pacientes com câncer
Para quem está em tratamento oncológico, é fundamental ter cuidado. Muitos suplementos e dietas do mundo do biohacking podem interagir com medicamentos ou prejudicar a resposta ao tratamento.
Por isso, qualquer mudança de estilo de vida deve ser discutida com o médico. O mais seguro é apostar nos hábitos já validados pela ciência, como alimentação saudável, prática regular de atividade física, sono adequado e acompanhamento médico contínuo.
Imortalidade: sonho ou futuro possível?
A ideia de viver para sempre ainda é ficção científica. Contudo, pesquisas em genética, regeneração celular e edição de genes (como o CRISPR) mostram que podemos chegar cada vez mais perto de estender a vida com qualidade.
Até lá, o verdadeiro “biohacking” que funciona é cuidar bem do corpo e da mente com práticas simples e sustentáveis.
O biohacking chama atenção por misturar ciência, tecnologia e um certo glamour de celebridades. Mas, para quem busca longevidade real, é preciso separar moda de evidência científica. O segredo para viver mais e melhor ainda está nas escolhas de todos os dias — aquelas que já sabemos que funcionam.
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