Câncer de Pulmão: Fatores de Risco, Epidemiologia, Rastreio e Tratamento

Agosto é o mês de conscientização sobre o câncer de Pulmão. O câncer de pulmão é frequentemente associado ao tabagismo, mas é importante lembrar que o cigarro não é o único causador. Exposição a poluentes, radiação e histórico familiar também são fatores de risco.

Fatores de Risco

  • Poluição do ar: Exposição a partículas finas e produtos químicos, como o amianto, aumenta o risco.
  • Radiação: Exposição ao radônio, um gás radioativo natural, está ligada a um maior risco de câncer de pulmão.
  • Histórico Familiar e Fatores Genéticos: Mutações genéticas herdadas podem predispor uma pessoa ao câncer de pulmão, independentemente do tabagismo.

Aumento de Casos em Não Fumantes

Nos últimos anos, a incidência de câncer de pulmão em não fumantes tem aumentado significativamente, sugerindo que fatores ambientais e genéticos desempenham um papel maior do que se imaginava. Esse aumento é especialmente notável em áreas urbanas com alta poluição.

Rastreio

O rastreamento precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. A tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD) é atualmente a ferramenta mais eficaz para detectar o câncer de pulmão em estágios iniciais. Recomendada principalmente para indivíduos de alto risco, como fumantes ou ex-fumantes com histórico significativo, e aqueles com histórico familiar da doença. A TCBD deve ser realizada anualmente em indivíduos de risco, começando por volta dos 50 anos, ou mais cedo, dependendo dos fatores de risco.

Tratamento

O tratamento do câncer de pulmão varia conforme o tipo e o estágio da doença:

  • Cirurgia: Indicada principalmente para estágios iniciais, onde o tumor é pequeno e localizado. Pode envolver a remoção parcial ou total do pulmão afetado.
  • Radioterapia: Utilizada para destruir células cancerígenas ou reduzir o tumor antes da cirurgia. Também é indicada para pacientes que não podem ser submetidos a cirurgia.
  • Quimioterapia: Consiste em medicamentos que atacam as células cancerígenas em todo o corpo, frequentemente usada em combinação com cirurgia ou radioterapia para maximizar a eficácia.
  • Terapias-alvo: Visam mutações específicas nas células cancerígenas, sendo indicadas para pacientes cujos tumores apresentam essas mutações.
  • Imunoterapia: Um avanço significativo no tratamento, a imunoterapia estimula o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas, oferecendo resultados promissores em pacientes com tipos específicos de câncer de pulmão.

Conclusão

O câncer de pulmão é uma doença multifatorial, e o conhecimento sobre os diferentes fatores de risco, aliado ao rastreamento precoce e aos avanços no tratamento, são essenciais para combater a doença. Mantenha-se informado e consulte um especialista para orientações personalizadas sobre prevenção e tratamento. Durante agosto, mês de conscientização, reflita sobre as medidas que você pode tomar para proteger sua saúde.

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