O glioblastoma, também conhecido como glioblastoma multiforme, é um tipo de câncer cerebral altamente agressivo e incurável.
Neste artigo, exploraremos diversos aspectos dessa doença devastadora, incluindo sua nomenclatura, epidemiologia, diagnóstico, tratamento, cirurgia máxima segura e opções complementares de tratamento, levando em consideração a situação clínica do paciente.
Nomenclatura e Epidemiologia
O glioblastoma é uma neoplasia maligna que se origina a partir das células gliais do cérebro. Sua nomenclatura, “glioblastoma multiforme,” reflete sua capacidade de assumir várias formas e é caracterizada por sua rápida progressão. É o tipo mais comum de tumor cerebral primário em adultos, representando aproximadamente 15% dos casos.
A incidência do glioblastoma aumenta com a idade, com a maioria dos diagnósticos ocorrendo em pessoas com mais de 50 anos. Não há uma causa específica conhecida para o glioblastoma, embora fatores genéticos e ambientais possam desempenhar um papel.
Diagnóstico
O diagnóstico de glioblastoma é desafiador e requer uma série de exames clínicos e de imagem. A ressonância magnética (RM) é o exame de escolha para avaliar a localização e a extensão do tumor. A confirmação geralmente é feita por meio de uma biópsia cerebral.
Os sintomas do glioblastoma podem variar, mas frequentemente incluem dor de cabeça persistente, alterações neurológicas, perda de memória e problemas de coordenação. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento oportuno.
Tratamento
Embora o glioblastoma seja uma doença sem cura, o tratamento visa controlar o crescimento do tumor, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento típico inclui:
- Cirurgia: A cirurgia é a primeira etapa do tratamento e visa a remoção máxima segura do tumor. No entanto, devido à natureza infiltrativa do glioblastoma, nem sempre é possível remover todo o tecido tumoral sem causar danos irreversíveis ao cérebro.
- Radioterapia: Após a cirurgia, a radioterapia é frequentemente usada para destruir as células tumorais remanescentes e reduzir a taxa de crescimento do glioblastoma.
- Quimioterapia: A quimioterapia pode ser administrada oralmente ou por infusão intravenosa e é usada em combinação com a radioterapia para controlar a progressão do tumor.
- Tumor treating fields (TTF): Um capacete que emite ondas eletromagnéticas para tratar o câncer. Devido ao uso prolongado, desconforto com o uso e dificuldade com a manutenção, não é uma opção de tratamento amplamente dispoível.
Qualidade de Vida e Apoio Psicológico
Além do tratamento médico, é fundamental que os pacientes com glioblastoma recebam apoio psicológico e cuidados paliativos para melhorar sua qualidade de vida. Esses serviços podem ajudar os pacientes a lidar com os desafios emocionais e físicos associados à doença.
Conclusão
O glioblastoma é uma doença devastadora que não tem cura conhecida. No entanto, com abordagens de tratamento adequadas, é possível melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes. A cirurgia máxima segura, seguida de radioterapia e quimioterapia, é o padrão de cuidados, com tratamentos complementares considerados caso a caso. O apoio psicológico e os cuidados paliativos também desempenham um papel fundamental no cuidado abrangente desses pacientes, ajudando-os a enfrentar os desafios da jornada com mais conforto e dignidade.