Com a proximidade do inverno, a gripe é sempre uma preocupação. Devido à baixa imunidade, pessoas com câncer estão suscetíveis a complicações graves de infecções, sendo fundamental a discussão sobre imunização.
As vacinas são fundamentais na prevenção de diversas doenças infecciosas e são divididas basicamente em dois grandes grupos:
Vacinas vivas: são as que utilizam vírus vivos ou bactérias atenuadas.
Exemplos de vacinas vivas:
– Sarampo
– Caxumba
– Rubéola
– Varicela
– BCG
– Febre amarela
Vacinas inativas: são as que utilizam partículas de vírus ou bactérias.
Exemplos de vacinas inativas:
– DTP
– Hepatite A
– Hepatite B
– Raiva
– Pneumococo
– Meningococo
– Influenza (vacina da gripe)
Através do contato com esses micro-organismos vivos/atenuados ou com suas partículas, nossa imunidade cria uma memória imunológica fundamental para nos proteger contra novas infecções. No entanto, esse processo será menos efetivo e correremos risco de adquirir uma infecção se recebermos vacinas vivas em um momento em que nossa imunidade não está funcionando adequadamente, como durante a quimioterapia.
Pessoas em uso de quimioterapia podem se vacinar?
O ideal é que todo paciente em programação de tratamento oncológico atualize o calendário vacinal. Vacinas inativas devem ser administradas pelo menos 2 semanas antes do tratamento oncológico e vacinas vivas, 1 mês antes.
Já estou em quimioterapia, o que fazer?
Se já está em tratamento oncológico, principalmente em uso de quimioterapia, não é indicado o uso de vacinas vivas, como por exemplo a de febre amarela. Com relação às vacinas inativas, sabemos que são menos efetivas nesse período, mas indicamos que sejam tomadas mesmo durante o tratamento.
Se não foi possível tomar as vacinas vivas antes do tratamento quimioterápico, essas podem ser administradas 3 meses após a última dose da quimioterapia.
Vacinar as pessoas que convivem com pacientes oncológicos também é fundamental. Não deixe de consultar seu oncologista para maiores esclarecimentos quanto à imunização.