O câncer de intestino pode ser prevenido e diagnosticado precocemente. Atualmente existem recomendações para seu rastreio assim como para o câncer de mama.
No Brasil, o câncer de intestino ou colorretal é o 3º mais frequente em homens e o 2º em mulheres. Apesar disso, as recomendações formais para rastreio são pouco difundidas, o que gera uma grande quantidade de diagnósticos tardios, comprometendo o tratamento.
A recomendação para uma pessoa sem histórico familiar e assintomática é iniciar o rastreio aos 50 anos (a Sociedade Americana de Câncer lançou recomendação de se iniciar o rastreio aos 45 anos devido ao aumento do número de casos em pessoas jovens).
Quais exames de rastreio devo realizar?
Existem diversas modalidades de rastreio, todas com suas vantagens e desvantagens. Os exames devem ser realizados periodicamente a depender do seu resultado e da recomendação do seu médico. Aí seguem as principais opções de exames e a periodicidade com que devem ser repetidos em caso de resultado inicial normal.
– Colonoscopia a cada 10 anos
– Sigmoidoscopia flexível a cada 10 anos, associado a exame imuno-histoquímico fecal anual
– Colonografia por tomografia computadorizada (colonoscopia virtual) a cada 5 anos
– Sigmoidoscopia flexível a cada 5 anos
– Sangue oculto nas fezes anual (3 amostras)
– Exame imuno-histoquímico fecal anual
– Pesquisa de DNA fecal a cada 3 anos
A opção preferível é a colonoscopia pois, além de ser um exame de rastreio, pode também ser utilizada para tratamento de lesões suspeitas como os pólipos. Em caso de alteração nas outras opções de rastreio, quase sempre a colonoscopia será necessária.
O início do rastreio e a periodicidade podem variar de acordo com os fatores de risco de cada um (como a existência de familiares com câncer de intestino). Desta forma, é fundamental consultar um oncologista para definir a idade para o início do rastreio e a melhor forma de realizá-lo.