Plásticos no microondas podem levar ao câncer?

Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Clínica Médica pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Oncologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente atua como oncologista clínico no Hospital UDI - São Luís - MA, no Centro de Oncologia do Maranhão -São Luís - MA e no Hospital do Câncer Aldenora Bello - São Luís - MA.

Chamamos de plásticos um amplo grupo de substâncias que são misturadas para gerar compostos rígidos e duradouros. Muito se fala sobre o seu potencial cancerígeno e é isso que vamos discutir aqui.

Os plásticos são classificados em 7 tipos, sendo que os mais comuns são os do tipo 1, representados pelas garrafas PET. Os do grupo 3, por exemplo, são as tubulações de PVC e aqueles do grupo 5 representam nosso potinhos rígidos de cozinha. Para identificar o tipo de plástico é só procurar em cada objeto um número dentro de um triângulo. Todos devem ter essas identificação.

A maioria dos plásticos contêm um componente chamado BPA (Bisfenol-A), que, quando em altas doses, pode gerar alterações hormonais e danos celulares. O maior temor é se o contato direto ou aquecimento desse componente pode nos prejudicar ou gerar doenças. A conclusão atual das principais agências reguladoras é que as doses liberadas são muito pequenas e não representam risco à saúde. No entanto, valem algumas orientações antes de aquecer o plástico:

1) Os recipientes que podem ser aquecidos vêm com identificação (normalmente um símbolo do microondas). Se não houver nenhuma identificação, é melhor aquecer o alimento em um recipiente de vidro ou porcelana.

2) Evite que o plástico derreta sobre a comida.

3) Nunca coloque objetos plásticos de consistência amolecida no microondas.

4) Se o plástico estiver danificado (quebrado, arranhado ou soltando farelo), não o utilize.

Fique atento! São as medidas simples que têm o maior impacto no cuidado de nossa saúde.

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