Jovens têm morrido mais por câncer de intestino.

Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Clínica Médica pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Oncologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente atua como oncologista clínico no Hospital UDI - São Luís - MA, no Centro de Oncologia do Maranhão -São Luís - MA e no Hospital do Câncer Aldenora Bello - São Luís - MA.

Rx com estreitamento do intestino devido a câncer de intestino

O câncer de intestino é uma doença potencialmente fatal. Novos estudos sugerem que mesmo com os avanços no tratamento, jovens  têm morrido mais da doença.

O câncer de intestino no Brasil

No Brasil são esperados 35.000 novos casos de câncer de intestino todos os anos. Com a melhora dos exames de rastreio e armas mais efetivas para o tratamento, conseguimos reduzir com grande impacto a chance de morrer dessa enfermidade.

 

O estudo

Pesquisadores americanos publicaram dados demonstrando que, mesmo com a redução da mortalidade geral entre os pacientes com câncer de intestino na última década, ela está aumentando entre os mais jovens (20-54 anos), de raça branca. Nesta população, houve uma aumento de 3,9 mortes por 100.000 habitantes para 4,3 por 100.000 de 2004 até 2014. O equivalente a um aumento de 10%.

Ainda não sabemos se esses dados se refletem na população brasileira, por não possuirmos esse tipo de análise. Mas é nítido, no nosso dia-a-dia, que cada vez mais fazemos diagnóstico de câncer de intestino em jovens.

 

O rastreio

Existem diversas modalidades para rastrear o câncer de intestino. A colonoscopia é uma delas, devendo ser realizada a cada 10 anos.  É fortemente recomendado que todos com mais de 50 anos discutam essas estratégias  com seu médico. O rastreio em idade mais precoce deve ser individualizado e baseado na história familiar e outros fatores de risco.

É fundamental a discussão sobre formas de rastreio entre os mais jovens, principalmente após esses dados. Assim, poderemos realizar o diagnóstico de forma mais precoce, sendo mais eficazes no tratamento. Como não temos uma diretriz concreta sobre o rastreio na população jovem e sem fatores de risco, é importante reforçar as medidas preventivas, principalmente atividade física regular e dieta saudável com maior quantidade de fibras.

Se ainda não atingiu a idade de rastreio, fique atento aos seguintes sintomas:

                – Mudança do hábito intestinal (constipação ou diarreia)

                – Sangramento nas fezes

                – Dores abdominais persistentes

                – Anemia sem causa aparente

Se apresentar qualquer um desses sintomas, procure seu médico!

 

Fonte: JAMA
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